Resenha: Perspicácia - Marco Antonio Rodrigues

Livro: Perspicácia - O Aprendiz e a Vida

Autor: Marco Antonio Rodrigues

Editora: LP-Books

ISBN: 9788578693565

Ano: 2012

Páginas: 176

Sinopse: O trabalho reúne 77 textos variados. Fala de atualidades e de antiguidades, ora foca no espírito, ora nas dores, ora toca nas emoções, ora mexe com os instintos, mas em todos os momentos impõe introspecção e obriga a reflexão. As páginas desta obra tranquilizam e nutrem, aquietam e impulsionam, tocam nas feridas medicamentosa. É um livro leve, revigorante e sobretudo transformador.

  Perspicácia - O aprendiz e a vida é um livro diferente. O livro reúne 77 textos com temas diferenciados, mas todos com um objetivo em comum: os textos visam sempre tocar o leitor de alguma maneira, seja emocional, racional, etc.

  Os textos sempre são breves, abordam os assuntos de uma forma clara, fazendo com que a leitura flua.

  No final de cada texto há uma palavra-chave, que além de resumir o texto, faz com que o leitor reflita sobre o texto lido, sobre a mensagem passada.

  Esse livro é considerado um "livro de cabeceira", por causa que seus textos não tem ligação um com o outro, assim, dependendo do seu estado de espírito, você pode usar o livro como um guia, lendo um texto em cada dia para se inspirar, ou ler os textos todos de uma vez.

  Além das reflexões dos textos, a capa também é bastante inspiradora. Achei-a linda, simples, porém extremamente bonita.

  Um livro muitíssimo bom. Me fez parar e pensar em certas coisas que acontecem no nosso cotidiano que passam desapercebidos por muitos de nós. Recomendo-o e muito.

Vou deixar um dos 77 textos para vocês conhecerem a obra magnifica do Marco. E também quero agradecer a ele por ter cedido o seu livro para resenha. Muito obrigada!

Vida e morte

    A morte é o último ato da vida, sem ela a vida seria incompleta.    Imaginemos um texto sem o fim, um dia eterno impedindo o surgimento da noite, um ano sem os fogos e a festividade do réveillon, uma partida de futebol sem vencedor.    A morte esta numa garrafa d'água, na fecundação de um óvulo, na inauguração de uma empresa, no início de uma guerra, no desejo sexual...    Encheu, vai esvaziar; iniciou, vai findar.    Incomum e ilógico seria não desgastar, não corroer, não ruir.    Vida e morte coexistem para contrabalancear uma à outra.    Uma gera movimento, a outra estagnação, inércia.    Os opostos são as peças que fazem a engrenagem se movimentar.    A existência de algo é exclusivamente condicionada a um fim.    O navio precisa encontrar um porto; o avião uma pista de pouso; o astronauta a lua; o rio o mar, o aluno a escola...    A morte possui vida eterna.    Eis aí um grande problema da humanidade. Aceitar a falência de algo ou de alguém.    O excessivo apego à juventude tem conduzido inúmeros idosos às mesas de cirurgia plástica, a usarem roupas joviais, descaracterizando assim sua real estadia no mundo, como se essas parafernálias fossem lhes devolver a energia, a vitalidade que se esvaiu no transcorrer do tempo.    Aceitar a morte de braços cruzados, sem reagir? Nunca! Mas ignorar sua aproximação nos diversos campos que envolvem a humanidade é atitude infantil, como a de uma criança que faz pirraça quando termina a festa e precisa voltar para casa.

Admita.

Beijos e até mais!

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